IA pode combater fraudes no ensino à distância

Uma startup brasileira quer combater fraudes em provas online usando inteligência artificial (IA). Foi desenvolvido uma ferramenta de análise de dados combinada, ou seja, com recursos de IA e humanos. Segundo a empresa, 500 mil exames já foram acompanhados, com 5 milhões de alertas de possíveis fraudes geradas.

O sistema faz verificação biométrica, analisando a troca de uma ou mais faces e desvio e giro de cabeça para ter certeza de quem é que está fazendo a prova. A tecnologia também bloqueia automaticamente funções do sistema operacional de computadores, como alternar usuários, menu Iniciar, barra de ferramentas, comando Ctrl, Alt e Del, entre outros.

Após a finalização do exame, são gerados dados e relatórios, com interface gráfica para visualização dos alertas emitidos durante a aplicação de cada prova. Também é possível ter o acesso a áudio e vídeo captados durante a avaliação.

A seu favor, a solução possui recursos de integração com sistemas de geração de exames, como Moodle e Canvas, através de plugins e APIs simples de serem implantadas. Além disso, a tecnologia já está sendo testada por empresas como a Konviva (Senior) e Calriz, parceiras da startup no setor de educação corporativa. 

Interesse em EAD deve impulsionar solução

ead

A tecnologia deve ajudar um setor que cresce a passos largos. Dados do Censo da Educação Superior divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) em 2023 mostram que o número de cursos ofertados por educação a distância (EAD) cresceu 700% em dez anos. De 1148, em 2012, o volume cresceu para 9186 em 2022.

O número de alunos em cursos EAD também é relevante. São 171 alunos para cada professor no ensino a distância, enquanto a modalidade presencial conta com 22 estudantes por docente.

A solução está ainda alinhada com pesquisas sobre o uso da IA no âmbito educacional. O Instituto Semesp, entidade que representa mantenedoras de ensino superior, apontou que três em cada quatro professores concordam com a implementação da tecnologia no ensino. O estudo, realizado com 444 docentes das redes pública e privada, revelou que 74,8% dos entrevistados concordam parcial ou totalmente com o uso da tecnologia e inteligência artificial no ensino.

Fonte: Embratel

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