Em virtude do prolongado fechamento das escolas por conta da pandemia de coronavírus, muitos pais nos Estados Unidos optaram por ser os próprios professores dos filhos e recorrer à educação em casa. Conhecida como homeschooling, o modelo educacional disparou a partir da pandemia, de acordo com a Associação Nacional de Educação em Casa (NHSA), com sede em Colorado (Denver).
O número de crianças que recebem aulas em casa nos Estados Unidos foi de aproximadamente quatro e cinco milhões em 2019 para quase 10 milhões no ano passado, conforme estatísticas da NHSA, considerando do jardim de infância até o ensino médio, quase 51 milhões de estudantes deveriam ter frequentado as escolas públicas depois do verão em 2020, mas a maioria das instituições de ensino optou pelo ensino on-line.
Muitos pais não desejam que seus filhos passem o dia todo olhando para uma tela, já que acreditam não ser benéfico para saúde, ou porque é difícil supervisionar as aulas online, disse Andrea Cubelo-McKay em entrevista à AFP. Outras famílias também defendem que esse tipo de instrução permite uma certa “flexibilidade”, afirma Strokes, de 37 anos, que passou a ensinar sua filha em casa: “Eu decido quando começa a escola, quando termina nosso dia, decido quando descansamos”, disse.
J. Allen Weston, presidente da NHSA, ressalta que a transição pode ser “um desafio” para alunos acostumados com a escola tradicional: “Uma das crianças terá um dia bom, enquanto a outra… pode não cooperar, algumas matérias são mais difíceis de ensinar do que outras”.
Nos Estados Unidos foi lançada uma campanha de vacinação em massa para professores, que deve permitir a reabertura das escolas de maneira mais segura.