Por que o chefão do Google diz que a internet livre está sob ataque
A internet gratuita e livre está sob ataque em diversos países ao redor do mundo, alertou o presidente do Google, Sundar Pichai.
A internet gratuita e livre está sob ataque em diversos países ao redor do mundo, alertou o presidente do Google, Sundar Pichai.
Agora você já sabe o que é a IA. Não só significa inteligência artificial, mas também coleta informações e as usa para fazer previsões e tomar decisões. A IA alimenta o feed da mídia social que sugere o próximo post, informa os comerciais que aparecem em seu serviço de streaming, dirige o software que acabou de completar automaticamente esta frase. Em situações mais sérias, pode determinar se você se qualifica para uma fiança ou um crédito imobiliário. Isto significa que os sistemas orientados pela IA tomam decisões sobre si e também tomam decisões por si. Os efeitos disso podem ser terríveis ou até mesmo antiéticos. Quando a IA decide o que você deve ver ou “quem você é”, também decide o que você não deve ver e “quem você não será”.
À nossa volta, você pode encontrar a IA fazendo escolhas por nós. Mas não se trata apenas de um computador agindo por conta própria. A IA é projetada por nós, humanos, e isso tem um enorme impacto em tudo que a IA faz. Somos nós, humanos, que dizemos ao computador o que deve considerar e o quão alto ele deve classificar certos dados. A expectativa com relação à IA era que um computador chegaria a uma conclusão usando informações objetivas e algum código extravagante. A realidade é que a IA é tão injusta quanto os criadores que a treinaram.
Aqui estão alguns exemplos. Veja as pontuações de crédito, algoritmos treinados de forma tendenciosa, que podem calcular uma pontuação mais baixa para uma mulher em comparação com um homem. Isso pode afetar os cartões de crédito que eles podem usar ou as hipotecas que podem solicitar. Outro exemplo é a contratação de emprego. Os recrutadores que se baseiam demasiado no software podem inadvertidamente reforçar os pontos cegos relacionados com a raça e o sexo. Existem até preços de seguro automóvel em que algoritmos obscuros determinam quem deve pagar menos ou mais para uma cobertura semelhante, resultando numa oportunidade de preços injustos.
Cansu Canca nos orienta sobre este problema. Assista ao vídeo abaixo para obter mais informação sobre onde e como o preconceiro humano é introduzido em sistemas orientados pela IA.
Fonte: Mozilla
Quando você ouve o termo inteligência artificial (IA), provavelmente pensa que é algo difícil de entender e acima do seu nível de compreensão. Mas, em última análise, IA são softwares capazes de reconhecer padrões. Aplicativos e outros produtos de tecnologia movidos por IA são capazes de fazer suposições fundamentadas sobre coisas com que nunca tiveram contato, a partir dos dados com que foram treinados. Aqui está um exemplo: digamos que uma cientista de dados ensine um aplicativo a diferenciar fotos de cães e gatos. Ela usa 1.000 imagens marcadas como “cachorro” ou “gato” para treinar o aplicativo para saber qual é qual. Depois que ela lança o aplicativo, uma pessoa pode carregar uma foto nele, que é então capaz de determinar se a imagem contém um cachorro ou um gato. Muito inteligente.
(Aprendiz visual? Vou deixar a pesquisadora Becca Ricks ajudar a explicar:)
O aprendizado de máquina é diferente da IA?
O termo “IA” é muito usado – é um daqueles termos que você vê escrito na parte de trás de uma caixa de brinquedos ou ouve em comerciais do Watson da IBM. Você provavelmente ouviu termos como “algoritmo” ou mesmo “modelo de aprendizado de máquina” muito menos vezes. Os algoritmos alimentam a IA – eles são os programas dentro do software que absorvem um monte de informações e processam os números. Um modelo de aprendizado de máquina é o que faz a previsão.
Um algoritmo é um software que pode examinar várias informações sobre um assunto e classificá-las. Então, quando esse algoritmo é aplicado a um grande conjunto daquilo que os especialistas chamam de dados de treinamento, ele produz um modelo de aprendizado de máquina. O modelo é aquilo que é capaz de receber novos dados e fazer escolhas com base nos dados à sua frente. Seu serviço de streaming sugeriu seu novo programa de TV favorito? Ele conseguiu fazer isso coletando dados sobre você (o que você está assistindo, em qual dispositivo está, o que outras pessoas semelhantes a você assistem, etc.). Com base nisso, o modelo de aprendizado de máquina da plataforma de streaming exibe seu novo programa favorito – Reality Show de Baixa Qualidade, 2ª temporada: Miami. (Entretanto, poucos chamariam sua atenção se você usasse o termo “IA” ou “sistema de recomendação” aqui, em vez de “modelo de aprendizado de máquina”).
Você provavelmente já interagiu com a IA, quer tenha percebido ou não. Se alguma vez você já percorreu seu feed do Instagram e as postagens estavam organizadas em ordem de relevância e não em ordem cronológica, isso é a IA em ação. É aqui que as coisas ficam complicadas: quem você é, onde mora, onde costuma ir (na vida real e on-line) e uma série de outros fatores podem influenciar a decisão que um sistema de IA toma sobre você. Não em todos os casos, mas certamente em alguns. Às vezes, a IA pode afetar quais dos seus amigos veem aquela postagem no Facebook que você fez com tanto entusiasmo. Em outros casos, pode ter um efeito mais sério, como determinar quais recursos você recebe do governo local.
É. E conforme a IA se populariza, torna-se cada vez mais importante que todos nós entendamos a inteligência artificial e o impacto que ela pode ter. Quanto melhor a entendermos, mais garantiremos que a IA reflita as prioridades de todos, não apenas das poucas pessoas privilegiadas o suficiente para criá-la.
Fonte: Mozilla
O Instituto Ayrton Senna liberou a playlist completa do evento: “O SEMINÁRIO INTERNACIONAL MOTIVAÇÃO: EVIDÊNCIAS PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM“, escolha o tema e assista, ou, se preferir, faça a imersão no evento de uma só vez acessando o ultimo link com a playlist completa do evento.
📖 Motivação: uma estratégia para o avanço da aprendizagem e para uma educação com significado
Assista em: https://youtu.be/rLUJDC3yJa4
🔬 Mesa: Explorando as evidências científicas
Assista em: https://youtu.be/zr-4wXXTwec
🐵 Jane Goodall – Motivação para a ciência: A cientista inspiradora que revolucionou o conhecimento sobre os animais
Assista em: https://youtu.be/Amdf6K2pWfs
🎓 Mesa: Como fortalecer a motivação por meio de políticas educacionais
Assista em: https://youtu.be/j9NUFNKRblU
🎨 Motivação para a arte: um respiro com o arteativista Eduardo Kobra
Assista em: https://youtu.be/L_rV9P_di1I
👩🔬 Motivação na ciência: uma conversa com pesquisadores
Assista em: https://youtu.be/OwUH-sdyBKU
👩🏻🏫 Motivação na prática pedagógica: inspirações para educadores
Assista em: https://youtu.be/49CrAurR3I4
🛣️ Encerramento – O que aprendemos e para onde vamos
Assista em: https://youtu.be/_Os1p8Rt_70
⏯️ Playlist completa do Seminário Internacional – Motivação: evidências para promover a aprendizagem
Assista em: https://youtube.com/playlist?list=PLGYL0Ph3TnLW0RKIAP-Z4-DNtDEWSu_NQ
O medo leva à raiva. A raiva leva ao ódio. O ódio leva a… cliques?
A maioria dos vídeos que você encontra no YouTube é grátis para você e eu assistirmos. Como, então, o YouTube arrecadou US$ 6 bilhões em apenas três meses este ano? Como o site está a caminho de rivalizar com os ganhos da Netflix – um serviço que cobra uma taxa mensal de todos os seus assinantes?
O YouTube ganha bilhões a cada mês com a ajuda da propaganda. Quanto mais vídeos do YouTube um espectador consome, mais dinheiro com propaganda o Google (a empresa controladora do YouTube) pode arrecadar. Simplificando, quanto mais tempo o YouTube consegue manter você em seu site, melhor para os lucros. É por isso que, como mencionamos antes, o algoritmo de recomendação do YouTube tem como objetivo manter você no site assistindo a vídeos pelo maior tempo possível.
Isso nem sempre é ruim, mas muitas vezes pode ser. Por exemplo, o conteúdo que é divertido nem sempre é factualmente correto ou seguro. “O ódio é útil para induzir cliques”, como diz Guillaume Chaslot. O atual membro da Mozilla e ex-engenheiro do Google diz: “Esse ódio, em alguns casos, pode levar à radicalização – onde um espectador acaba caindo em um buraco cheio de informações enganosas e violentas, em alguns casos estimuladas pelo algoritmo de recomendação do YouTube.”
Os usuários podem cair rapidamente em um efeito dominó, no qual um vídeo de conspiração leva a outro. Na verdade, na série YouTube Regrets, se estuda exatamente isso. Perguntas feitas aos usuários sobre as vezes em que sentiram como se o algoritmo sugerisse conteúdo extremo e milhares deles responderam contando sobre os lugares estranhos para os quais foram conduzidos. De pesquisas simples de vídeos de dança que levaram a vídeos sobre lesões corporais a vídeos de autoestima de drag queens que acabaram levando a conteúdo anti-LGBTQ. Os usuários do YouTube foram levados a alguns cantos assustadores do site – tudo graças ao algoritmo de recomendação do YouTube. Olhando o panorama geral, essa sequência de eventos acontecendo repetidamente, embora lucrativa para o YouTube, pode ser perigosa para a sociedade.
Que fazemos então com esta situação? Para começar, você pode nos contar sobre uma ocasião em que o robô de sugestões do YouTube desviou você do caminho. Além disso, é recomendado que os reguladores intervenham e promulguem leis que comecem a restringir isso. Mas há algo que você também pode fazer – armar-se com conhecimento. “Quando você sabe que o YouTube está tentando manipulá-lo, ele não funciona tão bem”, diz Chaslot. O ódio leva a cliques, mas só você pode evitar virar para o lado negro.
Fonte: Mozilla