Categoria: escolar

A vanguarda do atraso: Professores fazem mobilização contra uso de plataformas digitais em SP

Os professores da rede pública estadual de São Paulo articularam uma mobilização contra as plataformas digitais nas escolas. No ano passado, o governo estadual implementou um sistema de ensino baseado em aplicativos, com conteúdo e atividades pré-estabelecidas.

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) afirma que o método tira autonomia dos professores e convocou os profissionais a não usarem as plataformas ao longo da próxima semana. O sistema, no entanto, registra se o material foi usado ou não em sala de aula. Os acessos à plataforma se tornaram um dos fatores medidos para avaliar escolas e profissionais.

Falta de autonomia

“Você não pode padronizar uma rede do tamanho do estado de São Paulo, com a diversidade e com a especificidade que cada escola, cada região tem. O aplicativo faz isso. E o professor, se ele não estiver seguindo o aplicativo, o próprio sistema já comunica à direção da escola e o diretor é obrigado a ir até a sala de aula, chamar a atenção do professor”, critica o presidente da Apeoesp, Fábio Moraes.

O método, segundo ele, provocou praticamente o abandono dos livros didáticos e impede que o professor busque formas diferentes de abordar os conteúdos em sala de aula. “Nós queremos tecnologia, escolas estruturadas, profissionais valorizados e nós queremos resguardar a nossa liberdade de cátedra. Se eu achar que a plataforma é melhor, eu uso a plataforma. Se eu achar que aquele assunto, o livro, aborda melhor, eu uso o livro. Se eu quiser, eu elaboro o meu material com os meus alunos. Quantas vezes não fizemos isso? Então hoje, esse direito do professor está sendo ceifado”, acrescenta o sindicalista.

Material com erros

Em 2023, o governo de São Paulo chegou a anunciar que iria deixar de participar do Programa Nacional de Livros Didáticos (PNLD) do Ministério da Educação (MEC), que fornece gratuitamente livros para serem usados pelas redes de ensino. A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo afirmou à época que não usaria livros físicos em sala de aula e que os alunos teriam apenas material digital.

Após a repercussão negativa e uma decisão judicial contrária à saída da rede estadual do PNLD, o governo informou que continuaria a receber os livros do programa nacional. Na ocasião, também foram identificados erros grosseiros de informação no material elaborado pela secretaria estadual.

Em um dos trechos, era dito que, em 1888, Dom Pedro II assinou a Lei Áurea, quando, na verdade, a lei que encerrou a escravidão institucionalizada no Brasil foi assinada pela filha do monarca, a Princesa Isabel. Em outro trecho se afirmava, também de forma equivocada, que o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade é transmissível pela água.

Moraes diz que a falta de qualidade continua sendo uma crítica ao material didático que tem sido oferecido pela secretaria de educação. “Nós temos material melhor. Nós podemos criar material melhor. Nós temos livros didáticos melhores que a rede”, diz.

Neste ano, o governo de São Paulo anunciou que vai usar ferramentas de inteligência artificial para elaboração do material didático para a rede estadual. “As aulas que já foram produzidas por um professor curriculista, e já estão em uso na rede, são aprimoradas pela IA [inteligência artificial] com a inserção de novas propostas de atividades, exemplos de aplicação prática do conhecimento e informações adicionais que enriqueçam as explicações de conceitos-chave de cada aula”, afirmou a secretaria de educação em abril.

Em nota enviada, a Secretaria Estadual de Educação de São Paulo diz que “as plataformas digitais são recursos tecnológicos agregadores na produção pedagógica desenvolvida em sala de aula, fazendo parte do conteúdo ministrado pelos docentes, e continuam sendo utilizadas normalmente”.

Ainda segundo a pasta, “todos os recursos oferecidos pela a Secretaria da Educação têm o objetivo de aprimorar as habilidades dos estudantes e promover o avanço dos índices educacionais de São Paulo”. 

*Matéria ampliada às 17h06 do dia 13 de maio para inclusão de posicionamento da Secretaria de Educação. 

Fonte: EBC

Conectividade de escolas públicas

 MegaEdu é uma organização sem fins lucrativos que tem como princípio levar internet de alta velocidade para todas as escolas públicas do Brasil. A instituição defende que a “internet deveria ser o que une as pessoas, não parte do abismo que as separa” e, vem trabalhando nesse propósito. Em 2023, foi publicado no Diário Oficial um Acordo de Cooperação entre a instituição e o governo. Entre outros pontos, os dados e as análises da MegaEdu passam a ser oferecidos ao governo para a criação de políticas públicas de conectividade, além da promoção de monitoramento da qualidade da internet em todo o Brasil. E a parceria já rendeu frutos.

Em setembro, o Governo Federal lançou a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (ENEC), criando um plano para coordenar políticas de conectividade, e garantir a meta de até 2026, oferecer internet de qualidade para as mais de 138 mil escolas públicas de educação básica do Brasil. 

Raio-X da conectividade nas escolas

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Segundo a MegaEdu – com base no Censo Escolar 2021, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) -, somente 6% das escolas públicas no Brasil têm computadores em quantidades suficientes para atender a demanda dos alunos. Além disso, uma em cada cinco escolas não têm acesso à internet de qualidade. 

Para a MegaEdu, é preciso trabalhar com as lideranças da comunidade escolar para levar internet de qualidade para todas as escolas. “Isso significa criar soluções simples, baseadas em dados, que serão a ponte entre quem tem direito ao acesso e quem pode ajudar a transformar a educação”. 

Estratégia Nacional de Escolas Conectadas

De acordo com o governo federal, o Programa Escolas Conectadas, deve receber mais de R$ 8 bilhões em recursos do Programa Aprender Conectado (Leilão do 5G), do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST), da Política de Inovação Educação Conectada, Lei de Conectividade (Lei 14.172/2021) e de outras fontes. 

Na prática, esses recursos serão destinados à implantação da infraestrutura de conectividade, o que deve garantir acesso à internet de qualidade, com velocidade adequada, e a distribuição de sinal dentro da escola.

O governo vê como estratégico que a internet seja uma ferramenta de educação digital e, por isso, prevê a disponibilização de recursos e a formação de professores para o uso de novas tecnologias em sala de aula.

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Comitiva no projeto de conectividade em escolas do Rio Grande do Norte, que contou com presença dos gestores do MCom, membros da RNP, do BNDES, do MEC, do FNDE, da Casa Civil e da ONG MegaEdu (Foto: Divulgação/gov.br)

Já aderiram à estratégia 3.495 municípios, o que corresponde a cerca de 62,75% do total. Eles estão espalhados por 18 estados (70,37% do total) brasileiros. No Acre e Amazonas, todos os municípios já aderiram à iniciativa, seguidos do Pará (88,89%) e do Rio Grande do Norte (87,43%).

O levantamento realizado pelo governo em dezembro de 2023 apontou ainda que São Paulo é o estado com menor percentual de adesão municipal ao programa. Até aquele momento, apenas 36,59% de um total de 645 municípios aderiram à Estratégia Nacional de Escolas Conectadas.

Mudanças do novo ensino médio

Os secretários estaduais de Educação e os conselhos Nacional, estaduais e Distrital de Educação pedem que as mudanças no ensino médio, que estão em fase de elaboração pelo Ministério da Educação (MEC), ocorram apenas a partir de 2025. Em posicionamento conjunto, eles argumentam que o novo ensino médio já foi implementado em todos os estados e que as mudanças exigirão um período de transição factível.

“Qualquer mudança a ser implementada exige um período de transição factível, motivo pelo qual as decisões a serem encaminhadas a partir da consulta pública devem ser implementadas apenas a partir do ano letivo de 2025”, defendem os secretários e conselheiros. Eles dizem que eventuais mudanças implicariam em novos ajustes e regulamentações, incluindo a reescrita do referencial curricular, o que seria inviável de ser feito a tempo para o ano letivo de 2024.

O posicionamento conjunto do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), Conselho Nacional de Educação (CNE) e Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação (Foncede) foi encaminhado nesta segunda-feira (21) ao MEC.

Os secretários e conselheiros destacam também no posicionamento quatro aspectos que consideram essenciais na oferta do ensino médio. Além das regras de transição em um período considerado factível, eles pedem a manutenção do ensino a distância (EaD) tanto na formação geral básica, que é a parte do conteúdo estipulado pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e que é comum a todas as escolas do país, quanto nos itinerários formativos, que é a parte escolhida pelos estudantes para aprofundamento mediante a disponibilidade de cada rede.

Segundo eles, o ensino mediado por tecnologia “é pré-requisito para viabilizar a implementação da reforma no turno noturno e necessário ao equacionamento das especificidades territoriais de cada região (vazios demográficos, educação indígena, educação do campo, educação quilombola, dentro outros)”. O texto aponta ainda questões de infraestrutura, logística de transporte escolar e falta de professores como argumentos para se manter a oferta em EaD.

Além disso, os secretários e conselheiros defendem que 2,1 mil horas das 3 mil horas do ensino médio sejam dedicadas à formação geral básica e que os itinerários formativos sejam reduzidos de dez para dois, sendo um composto por linguagens, matemática e ciências humanas e sociais e outro por linguagens, matemática e ciências da natureza. Os estudantes podem optar ainda pela trilha formativa em educação profissional e técnica.

Revisão

O Novo Ensino Médio foi aprovado em 2017 pela Lei 13.415/2017, e foi implementado no ano passado, nas escolas de todo o país. O modelo é alvo de críticas e, ao assumir o governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprometeu-se a revê-lo.

No primeiro semestre deste ano foi aberta a Consulta Pública para Avaliação e Reestruturação da Política Nacional de Ensino Médio. No dia 7 de agosto, o MEC divulgou o sumário com os principais resultados da consulta. Ao todo, foram recebidas mais de 11 mil contribuições de 9 de março a 6 de julho.

Entre as propostas de mudança apresentadas pelo MEC com base na consulta estão a ampliação da carga horária da parte comum, a recomposição de componentes curriculares e o fim da educação a distância (EaD) para a Formação Geral Básica, com exceção da educação profissional técnica, que terá oferta de até 20% nesse formato. A EaD também poderá ser aplicada em situações específicas, como no caso da pandemia.

Após a divulgação do sumário, o MEC abriu um prazo para que as entidades educacionais e órgãos normativos se manifestassem em relação ao documento. Nesta segunda-feira (21), termina o prazo.

Outras entidades também se manifestaram. Para a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), a lei do Novo Ensino Médio deve ser imediatamente revogada. Os estudantes apontam que da forma como vem sendo aplicada, a lei apenas aumenta as desigualdades entre os estudantes que dependem das condições de oferta e de qualidade de cada rede de ensino.

Campanha Nacional pelo Direito à Educação divulgou nota técnica na qual defende a “garantia de 2,4 mil horas destinadas à Formação Geral Básica como um passo crucial para a garantia de uma formação sólida de nossos estudantes”; a entidade defende também a educação 100% presencial, sem exceção, e a importância de aumentar os recursos públicos para a educação pública e implementar um conjunto de critérios que assegurem a excelência das condições oferecidas, de acordo com o Custo Aluno Qualidade (CAQ), garantindo o padrão de qualidade previsto constitucionalmente.

Até chegar às salas de aula, as propostas ainda têm um caminho a percorrer. Agora, o MEC consolidará uma versão final do relatório, que será enviada para a apreciação do Congresso Nacional. As propostas do MEC para o ensino médio também serão apresentadas para as comissões de Educação da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, para que possam contribuir com o relatório final, com base nas informações coletadas em audiências públicas realizadas pelas casas legislativas.

Fonte: Agência Brasil – EBC

Software gestão escolar

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Defasagem no aprendizado de estudantes em 2021

Em 2021, 93% dos professores de escolas públicas e privadas de educação básica dizem ter enfrentado dificuldades extras em sala de aula em consequência das lacunas na aprendizagem causadas pela pandemia. Além disso, 94% dos docentes acreditam que, nesse período, os pais ou responsáveis pelos alunos tiveram problemas para orientar os filhos nas tarefas escolares. O estudo é do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).

O levantamento mostrou ainda que, para 86% dos educadores, a falta de dispositivos e acesso à internet nos domicílios dos alunos atrapalhou a aprendizagem, porcentagem similar à registrada em 2020. “Embora tenham sido implementadas políticas públicas de apoio aos estudantes e professores, o que podemos observar é que no segundo ano de pandemia dificuldades semelhantes continuaram a ser identificadas, agora pelos professores”, afirmou Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br, em nota para a imprensa.

Segundo a pesquisa, 85% dos professores confirmaram o aumento da carga de trabalho. Do total, 58% dos docentes buscaram oferecer aulas de recuperação presenciais e remotas com o uso de tecnologias digitais.

Fonte: Gazeta do Povo

Seminário Internacional Motivação: Evidências para promover a aprendizagem

O Instituto Ayrton Senna liberou a playlist completa do evento: “O SEMINÁRIO INTERNACIONAL MOTIVAÇÃO: EVIDÊNCIAS PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM“, escolha o tema e assista, ou, se preferir, faça a imersão no evento de uma só vez acessando o ultimo link com a playlist completa do evento.

📖 Motivação: uma estratégia para o avanço da aprendizagem e para uma educação com significado
Assista em: https://youtu.be/rLUJDC3yJa4

🔬 Mesa: Explorando as evidências científicas
Assista em: https://youtu.be/zr-4wXXTwec

🐵 Jane Goodall – Motivação para a ciência: A cientista inspiradora que revolucionou o conhecimento sobre os animais
Assista em: https://youtu.be/Amdf6K2pWfs

🎓 Mesa: Como fortalecer a motivação por meio de políticas educacionais 
Assista em: https://youtu.be/j9NUFNKRblU

🎨 Motivação para a arte: um respiro com o arteativista Eduardo Kobra
Assista em: https://youtu.be/L_rV9P_di1I

👩‍🔬 Motivação na ciência: uma conversa com pesquisadores
Assista em: https://youtu.be/OwUH-sdyBKU

👩🏻‍🏫 Motivação na prática pedagógica: inspirações para educadores
Assista em: https://youtu.be/49CrAurR3I4

🛣️ Encerramento – O que aprendemos e para onde vamos
Assista em: https://youtu.be/_Os1p8Rt_70

⏯️ Playlist completa do Seminário Internacional – Motivação: evidências para promover a aprendizagem
Assista em: https://youtube.com/playlist?list=PLGYL0Ph3TnLW0RKIAP-Z4-DNtDEWSu_NQ

Gestão Escolar

A Seta Sistemas está no mercado educacional desde 1995, auxiliando e apoiando instituições de ensino nas tarefas e rotinas diárias, maximizando a produtividade das equipes com nossas ferramentas pedagógicas, gerando dados de eficiência sobre aprendizado e proficiência dos alunos.