Categoria: Gestão Escolar

Censo e os impactos sociais

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) garantiu que o Censo Demográfico 2022 está sendo realizado de forma transparente, com vários mecanismos de controle. Acrescentou que a pesquisa segue rigorosamente as etapas necessárias, o que assegura qualidade em todas as fases da operação. Foram visitados até o dia 24 deste mês, cerca de 89 milhões de domicílios. Até agora, 184 milhões de pessoas recenseadas.

O IBGE destacou que a qualidade da cobertura de um censo, durante a operação, é acompanhada por meio de indicadores do sistema de supervisão e de modernas e inéditas ferramentas de geotecnologia, além de retorno a campo para verificação in loco (no lugar).

Além disso, o Censo 2022 conta com a Pesquisa de Pós-Enumeração (PPE), feita por amostra de setores censitários. A principal intenção é oferecer recursos para a avaliação da cobertura e da qualidade da coleta.

“A PPE tem início quando os setores selecionados estiverem completamente coletados e supervisionados pelo Censo. A divulgação da PPE está prevista no plano de divulgação do Censo 2022”, esclareceu.

O IBGE informou, ainda, que está dedicado a minimizar os efeitos do atraso na conclusão da operação censitária para a qualidade dos resultados. “Ressaltamos que cerca de 65% da coleta das informações do Censo 2022 foi feita até o mês de outubro. Destacamos ainda que se trata de uma pesquisa com coleta eletrônica, o que reduz a possibilidade de erro durante a captação das informações, visto que as datas de referência da pesquisa fazem parte das perguntas inseridas no Dispositivo Móvel de Coleta (DMC)”, emendou.

Acrescentou que “existem perguntas de cobertura para verificação das informações, além da etapa de supervisão prevista”.  

O órgão revelou, também, que os dois atrasos que impediram a realização do Censo em 2020 e 2021 resultaram em aprimoramento de alguns processos de operação.

A realização de testes nacionais – que ainda não tinham sido feitos – foi considerada pelas equipes de campo do IBGE como uma boa prática. Neles, foi visitada pelo menos uma localidade em cada estado do Brasil, com cerca de 40 mil domicílios analisados e 111 mil pessoas recenseadas. “Foi uma grande oportunidade de se testar com sucesso todas as etapas da operação, além de capacitar as equipes envolvidas e implementar melhorias nos processos de coleta e controle”, disse o instituto.

Falta de pessoal

De acordo com o IBGE, a falta de pessoal, especialmente para a coleta de dados, causou o prolongamento do período da pesquisa. Um dos motivos notados pela instituição para a escassez, em alguns municípios, tem relação com outras oportunidades de emprego existentes no local.

Para reduzir o problema, o IBGE adotou ações como a edição de medidas provisórias com o objetivo de flexibilizar o recrutamento e permitir a contratação de servidores públicos aposentados. Além disso, aumentou a remuneração dos recenseadores, implementou o pagamento de ajuda locomoção das equipes e fez acordos com secretarias municipais de saúde e universidades.

O IBGE reconheceu que, apesar da publicidade paga não tenha dido o alcance desejado, o instituto contou com a divulgação pela imprensa de todas as etapas preparadas para o Censo 2022, incluindo os Processos Seletivos, testes em Paquetá e Nacional, a Pesquisa do Entorno, o Lançamento do Censo no Museu do Amanhã, o Início da Coleta Domiciliar e Acompanhamento da Coleta em territórios quilombolas e indígenas. Esses processos também contaram com a visita de observadores internacionais de 18 países, dos balanços mensais da coleta e da divulgação dos resultados prévios.

Dados do clipping contratado pelo instituto indicam que, desde o início da coleta, o Censo conseguiu pelo menos nove mil matérias veiculadas, no âmbito nacional e regional. Observou que todas as críticas publicadas pela imprensa “foram tratadas e discutidas em entrevistas coletivas e individuais promovidas pelo próprio IBGE, sempre comprometido a garantir a máxima transparência institucional”.

Desafios

No caminho do Censo, o IBGE precisou enfrentar muitas dificuldades na pesquisa. Algumas delas foram as mudanças estruturais na sociedade, que impactam diretamente na operação, como o maior número de domicílios com apenas um morador, mudanças no mercado de trabalho e questões relacionadas à segurança.

“Esses fatores têm dificultado cada vez mais o acesso dos recenseadores aos moradores. Salientamos que não é somente o Censo que sofre com a falta de acesso a parte da população, este fenômeno também vem sendo observado nas pesquisas domiciliares por amostragem”, indicou.

Para a realização do Censo, o IBGE teve, em 2022, a dotação orçamentária de R$ 2,29 bilhões. Desse valor foi liquidado R$ 1,76 bi e aproximadamente R$ 484 milhões foram inscritos em restos a pagar não processados. “Para o ano de 2023, a dotação orçamentária é de R$ 233.873.573”, esclareceu.

A aquisição dos dispositivos móveis de coleta e de tablets usados pelos recenseadores, diferente dos censos anteriores, foi feita em parceria com o Ministério da Saúde, que receberá os equipamentos ao final da pesquisa. “O IBGE não arcou com os custos de aquisição destes equipamentos”, informou.

O órgão destacou também a colaboração, de forma inédita, de agentes de saúde, considerados plenamente aptos a trabalhar no Censo, tanto por terem sido treinados e capacitados, como pelo conhecimento do território que costumam percorrer em suas tarefas diárias. Outro fator relevante da atuação dos agentes é a experiência deles de abordagem aos moradores, que, conforme o IBGE, representa uma habilidade essencial na coleta.

“Destacamos que – durante o processo de treinamento – ficou clara a capacidade desses agentes em lidar com o Cadastro Nacional de Endereços para Fins Estatísticos (CNEFE). Muitos desses agentes estão atuando em aglomerados subnormais, locais de difícil acesso, mas que eles já conhecem. Cabe esclarecer que esses agentes foram recrutados como recenseadores, seguindo todos os trâmites de contratação e capacitação previstos”.

Justiça

A nota do IBGE foi divulgada ontem (24), um dia depois da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que suspendeu a aplicação dos dados populacionais do Censo 2022, que ainda não foi concluído, para definir os valores para a distribuição do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O ministro definiu que o FPM deste ano tenha como patamar mínimo os coeficientes de distribuição utilizados no exercício de 2018. Depois da concessão de liminar, a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) lembrou que o ministro também determinou que os valores já transferidos a menor serão compensados nas transferências subsequentes.

No dia 28 de dezembro de 2022, acompanhando determinação da legislação, o IBGE encaminhou ao Tribunal de Contas da União (TCU) os dados preliminares de população no Brasil apurados até aquele momento no Censo 2022.

A liminar, que ainda será submetida ao plenário, foi deferida em resposta à Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1043, do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), de que a Decisão Normativa 201/2022 do TCU causa prejuízo no valor recebido pelos municípios, pois o critério estipulado não contempla a totalidade da população. Um levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) indica que a nova metodologia causaria prejuízo de R$ 3 bilhões para 702 municípios.

Entrega

O IBGE informou, ainda, que os resultados definitivos do Censo referentes à população dos municípios serão conhecidos em abril de 2023.

Antes disso, o fim da cobertura completa dos setores censitários está previsto para janeiro deste ano. Os responsáveis pelos domicílios que ainda não foram recenseados devem ligar para o Disque-Censo (137). “Serviço disponibilizado pelo IBGE para que a população possa exercer sua cidadania e agendar a visita de um recenseador em seu domicílio”, completou o IBGE em nota divulgada há pouco, no Rio de Janeiro.

Em fevereiro e março, terá andamento “o processo de revisão, de controle de qualidade e de apuração do Censo, com tentativas de reversão de recusas, revisitas a domicílios com morador ausente para realização de entrevistas, além de verificação de domicílios vagos, de uso ocasional, possíveis duplicidades e omissões e preparação para divulgação”, finalizou.

Fonte: Agência Brasil

“Adultecer (s)em crise” e o que pensam os jovens da Geração Z brasileira

Tornar-se adulto, bem sabemos, não é nada fácil. Mas o que significa, nos dias de hoje, crescer? A Geração Z, formada por pessoas nascidas entre os anos 1995 e 2010, está aí para mostrar como é ser jovem em meio a crises. Eles estão amadurecendo entre avanços tecnológicos e colapsos socioeconômicos, políticos e ambientais.

Diante de tantos acontecimentos, muitas vezes polarizados, não faltam estereótipos sobre essa geração, sua linguagem e seu comportamento. Entre os Gen Z, há incoerência e conflitos — algo comum para os adolescentes desde sempre —, mas há também fluidez e, sobretudo, vozes diversas, dispostas a protagonizar seus próprios discursos.

E que lugar é mais democrático e acolhedor para esses jovens do que o YouTube? Na plataforma, essa geração encontrou terreno fértil para se entender, explorar possibilidades, adquirir todo e qualquer tipo de conhecimento e, claro, hablar.

É sobre isso que trata este artigo, “Adultecer (s)em crise”, um estudo que mostra o que se passa (ou parte disso) nas cabeças da Geração Z brasileira. A pesquisa, fruto de uma parceria entre float e YouTube, joga holofotes no desejo e na criatividade dessa juventude que, entre o medo e a esperança, a aleatoriedade e o muito específico, o on e o off-line, se expõe e se comunica.

Vibe 1: passando de fase

Para entrar na vida adulta, é preciso ter disposição e habilidade. Bem longe da meritocracia, os Gen Z já entenderam que as barreiras estruturais existem, mas podem ser combatidas com uma solução: hackear o sistema. Uma geração que nasceu com toda a informação do mundo na ponta dos dedos não pode ser subestimada.

Nessa missão, o YouTube é uma ferramenta importante, já que por lá se ensina e se aprende de tudo. Não é coincidência que 94% dos usuários da plataforma relatam ter aprendido como resolver problemas práticos com a ajuda do YouTube.1 E mesmo em tempos complicados, essa juventude opta por não seguir um roteiro definido, busca criar suas próprias estratégias e definições de sucesso.

Ícone de lâmpada, caixa de Busca e player do YouTube. 99% dos usuários relatam usar o YouTube para reunir informação e conhecimento.

Fonte: Oxford Economics User Survey. Brasil, maio de 2022.

E esse jeito diferente de lidar com os desafios pode começar dentro de casa, para aprender a se virar com pouco dinheiro e da forma mais prática possível — e, por que não, fazer uma graninha extra.

Foi pensando em receitas que não precisam de muitos ingredientes e ficam prontas em poucos minutos, tudo simples e rápido, que o jovem mineiro Lucas Souza ensinou seus espectadores a fazer danoninho em casa. O sucesso foi tão grande que o vídeo já soma mais de 12 milhões de visualizações, juntando-se a outros tantos que alcançam os milhões no Pobre na cozinha, canal comandado por Lucas, com 1,7 milhão de seguidores.

Não fica atrás Eduardo Reis, do canal Menino Prendado. O paranaense, que também experimenta na área das receitas práticas na cozinha, tem mais de 6,7 milhões de views em seus 10 vídeos mais acessados. Como se não bastassem essas conquistas, com o tempo e o aumento de preços no Brasil, Eduardo passou também a ensinar seu público a economizar ao comprar no supermercado. O interesse do público foi tão grande que os vídeos se transformaram numa série mensal.

Ainda na temática da criatividade em tempos difíceis, para ajudar quem perdeu o emprego com a pandemia, Kim Walachai criou um canal homônimo em 2020 mostrando formas de descolar uma grana durante o isolamento. Desde então, ela recheia seu espaço com formas diversas de ganhar dinheiro sem sair de casa e destrincha todos os processos para seus seguidores.

Vibe 2: cabeça boa

Preocupados, pressionados, ansiosos, depressivos. Tem um mar de memes sobre o que a Geração Z sente. Se, por um lado, os níveis de bem-estar social e emocional dessa são os mais baixos entre todas as gerações2, por outro, conscientes de suas fragilidades, eles falam sobre saúde mental sem tabu — e isso está dentro do guarda-chuva do autocuidado.

O fato de o bem-estar ser uma grande pauta e haver muita informação disponível a esse respeito faz com que muitos consigam identificar, desde os primeiros sinais, quando não estão bem.

Pessoa sentada em posição meditativa, com ícone de play próximo, 73% concordam que assistir a vídeos no YouTube os ajuda a lidar com a ansiedade.

Fonte: Google/ Offerwise, YouTube Vibes Gen Z, n=1,000 entrevistas, 18-24 anos, Outubro/2022.

Outro forte traço da Geração Z é o humor. A “zoeira BR” é um santo remédio para rir das próprias tragédias, mas também uma ferramenta de percepção e análise do que acontece ao redor. É a juventude nacional mais uma vez redefinindo seus mecanismos de defesa, brincando com coisas sérias enquanto pensa sobre elas.

Ícone de vídeo assistido, com estrela brilhando ao canto. 91% já assistiram a vídeos de humor no YouTube para se desligar de sentimentos ruins.

Fonte: YouTube Vibes #7. Adultecer (s)em crise. Brasil, junho-outubro, 2021.

Na plataforma, não faltam espaços para falar de coisas importantes com graça, como é o caso do #segueofio, criado pelo site de notícias g1, para os que se sentem ansiosos ao acompanhar as notícias. Lá os espectadores são atualizados sobre os principais tópicos da semana, mas sem stress, de forma dinâmica e engraçada.

Outro canal, o Vida Simples, tem um formato “conversa de peito aberto”. Lá, Junior Kuyava compartilha ensinamentos que o tiraram de um estado de ansiedade e angústia e o levaram para uma nova fase, com mais simplicidade e significado. Sem amarras e de maneira franca, do jeito que os Gen Z gostam.

O canal Ludo Viajante, por sua vez, possui quase um milhão de assinantes e traz reflexões sobre temas do cotidiano, usando para isso ciência, filosofia e figurinhas de gatos tristes. O criador Thiago Souza se conecta à audiência com uma linguagem transparente e divertida, cheia de referências e analogias à cultura pop.

Vibe 3: isolamento (in)voluntário

Nascer com a internet é ter o mundo a um clique de distância. Não podemos esquecer que parte da Geração Z é nativa digital. No entanto, em tempos demasiado tecnológicos, sobram recursos de conexão e parecem faltar experiências de intimidade. No Brasil, por exemplo, 4% dos adolescentes afirmaram não possuir amigos próximos.3

Quando falamos em amor e sexo, essa juventude está buscando novas abordagens e códigos diferentes dos já estabelecidos. E por mais que tenham multidões de seguidores e milhares de mensagens em suas redes sociais, esses jovens não necessariamente possuem “bateria social” para encontrá-los.

Talvez por se voltar muito para si, essa geração está mais atenta à forma como se conecta com o outro e com o mundo. Esse isolamento, que de involuntário parece não ter nada, mostra uma priorização do relacionamento consigo mesmo.

Ícone de três usuários. Acima deles, um coração aberto. 57% dos entrevistados acreditam ser difícil manter amizades hoje em dia.

E existe juventude sem crise? Melhor, existe vida sem crise? Sabemos que não. Aproveitando isso, a criadora Gabbie Fadel criou a série “Pare de mi-mi-mi”, na qual lê e-mails de seguidores contando suas crises existenciais, que ela comenta, além de propor soluções.

Já Mariana Fazan traz em seu canal dicas de amor e sexo, em especial para o público LGBTQIAPN+. São recomendações sobre como superar um crush, como se sentir confortável na hora de perder a virgindade ou como sair do armário para a família e para o mundo.

Com mais de 785 mil inscritos em seu canal, Guilherme Pintto também fala de relacionamentos, especialmente os amorosos, abrindo o jogo com seus seguidores por meio de reflexões bem íntimas. Ele os orienta, por exemplo, a como não aceitar um “amor ruim” ou como aprender a fazer falta – vídeo que foi visto por mais de 4,2 milhões de pessoas.

Adultecendo sem (muita) crise

Nossa sociedade, feita de adultos para adultos, criou uma forma preconceituosa de lidar com os jovens. Fala-se muito de seus hormônios, de seu humor e outras construções etaristas, que de tanto serem repetidas quase viraram verdade.

Mas essas “quase verdades” são sobrepostas pelas vozes dos Gen Z quando criam suas próprias narrativas, procuram se entender enquanto dão risada e se equilibram em meio ao caos. Seja no YouTube, seja na vida, eles encaram o processo com coragem porque sabem que não cabem em caixinhas.

Fonte: Youtube Vibes

Fontes (3)

1 Oxford Economics User Survey. Brasil, maio de 2022

2 McKinsey, Addressing the unprecedented behavioral-health challenges facing Generation Z. Janeiro, 2022.

3 IBGE, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar, 2021.

Mais de 9 mil estudantes recebem hoje Bolsa Permanência

Mais de 9 mil estudantes recebem, a partir de hoje (12), o Bolsa Permanência, do Programa Universidade para Todos (Prouni). O auxílio, no valor de R$ 400, pode ser utilizado em despesas com material didático, livros, transporte ou alimentação e está disponível na conta dos estudantes.

Aproveitando o poder da contação de histórias

Contar histórias é uma ferramenta poderosa em um ambiente de aprendizado seguro com as normas de sala de aula que refletem respeito, honra e empatia. Quando os alunos são capazes de contar suas próprias histórias, ele ajuda a reverter qualquer mentalidade de déficit para criar uma mentalidade de ativos focada em que estudantes podem oferecer em cada sala de aula.

Neste post, discuto a ideia de “ecologia da identidade” e proponho um exercício baseado nesse conceito para estudantes migrantes e imigrantes no ensino médio e médio. Através desta atividade, os professores podem desenvolver uma melhor compreensão das experiências vividas de seus alunos, o que, por sua vez, permitirá que eles entreguem instruções que atendam às várias necessidades de seus alunos.

Ecologia da identidade

O psicólogo Urie Bronfenbrenner tentou capturar a influência do meio ambiente nas identidades das pessoas no que ele chamou de teoria dos sistemas ecológicos do desenvolvimento infantil. Nele, ele identificou as várias forças que moldam a maneira como desenvolvemos nosso senso de si mesmo. O modelo de Bronfenbrenner visualiza as várias dimensões das identidades das pessoas, como idade, gênero e etiquetas culturais, com círculos concêntricos que tornam a identidade, os valores, o clima social e o clima político das comunidades envolventes explícitas. Olhando para essas facetas juntas, temos uma ferramenta para começar a discutir a maneira como nossas identidades são moldadas pelo sistema ecológico que nos rodeia. Todos nós desenvolvemos nossas identidades dentro de um contexto social e cultural. Em certa medida, esse contexto impacta quais oportunidades temos na vida e nossa capacidade de nos expressar como desejamos.

A palavra ecológica refere-se ao campo da ecologia, que explora a relação entre um ser vivo e o ambiente em que vive. Através da linguagem da ecologia, Bronfenbrenner nos lembra que quem somos, e o que fazemos, são profundamente influenciados pelo nosso ambiente físico e social. Os humanos não vivem isoladamente e, portanto, nossas identidades se desenvolvem dentro de um contexto ambiental. Abaixo estão partes do ecossistema humano destacado por Bronfenbrenner. Enquanto os estudiosos diferentes usaram palavras diferentes para descrever os detalhes das camadas ecológicas no gráfico e enfatizaram diferentes aspectos da identidade, o formato básico permaneceu relativamente consistente desde que ele colocou sua teoria inovadora em 1979. Características individuais: idade, gênero, raça, etnia, nacionalidade, identidades culturais Microssistema: Família, pares, condições de escola / trabalho, vizinhança, associação comunitária Exosistema: Influências das mídias sociais, políticas locais e políticas, status legal e direitos Macro sistema: Tradições culturais, condições econômicas, leis, contexto histórico, atitudes comunitárias, preconceitos e tradições de inclusão. Identificando como cada camada do modelo ecológico refere-se à nossa identidade é particularmente útil para os recém-chegados, procurando desenvolver suas identidades em uma nova terra porque elas ou seus familiares transitaram recentemente de um contexto social e cultural para outro.

Ajudar esses alunos a isolar as mudanças na relação entre suas identidades e seu ambiente podem ajudá-los a navegar nos desafios de viver em uma nova terra. As experiências formativas de crianças imigrantes serão moldadas por interações recíprocas entre si e seu ambiente. Os contextos inter-relacionados de desenvolvimento em que crianças e jovens vivem moldam suas oportunidades e têm importantes implicações para os resultados educacionais e de bem-estar. O grau em que os alunos prosperam variam de acordo com vários fatores, incluindo características individuais, sua cultura, as pessoas que encontram e seu ambiente ao longo do tempo. Início da promoção do boletim informativo.

Na sala de aula

Comece a lição com uma discussão sobre as relações entre as histórias que dizemos, as oportunidades que temos, e nossas identidades como indivíduos, membros de famílias, membros de comunidades e dentro da nação. Você pode começar explicando à classe que por trás de todas as decisões e experiências há uma história. Pense em um momento que possa ter mudado sua vida: o que foi? Como mudou sua vida? Você também pode explicar que todo mundo tem uma história para contar: o que é seu e o que é meu, e como o ambiente moldou as histórias que compartilhamos? Para tornar as ideias sobre o concreto de discussão, introduza o conceito de Bronfenbrenner da ecologia da identidade e os alunos criem seu próprio mapa de identidade ecológica.

Ganho mesmo diferente

Depois de completar o quadro, dê aos alunos tempo para refletir sobre suas próprias identidades criando um visual, como um desenho, que represente sua “ecologia” de identidade. Peça aos alunos que formem pares ou criem pequenos grupos para compartilhar fazendo as seguintes perguntas:

O que você vê que é o mesmo entre os dois? Nomeie semelhanças e padrões.
O que você vê de diferente? Cite as diferenças que você observa.
O que ganhamos comparando os dois?

Pense fora da caixa

Além de usar o gráfico para exploração com estudantes imigrantes, este modelo pode servir como uma ferramenta maravilhosa para ajudar a entender as escolhas e dilemas que todos nós enfrentamos diariamente.

Ele pode ser usado como uma ferramenta para análise literária, social e histórica. Nos estudos sociais, isso pode ser usado para analisar a vida de uma figura histórica famosa; e no conteúdo literário, pode ajudar a descrever um personagem ou cenário de uma leitura.

Os educadores podem usar este gráfico para incentivar os alunos a explorar suas próprias identidades ou focar a reflexão em um personagem em um conto, romance, evento histórico ou situação social.
Peça aos alunos que usem o mapa para refletir o clima escolar e a identidade que podem compartilhar para incentivar laços escolares mais fortes ou áreas de crescimento.

Crie um contrato de sala de aula usando as lições aprendidas com os mapas de identidade. Depois de criar seu contrato usando seus mapas de identidade, revise as normas de sua sala de aula. Eles precisam de revisão? Certifique-se de que essas normas promovam uma compreensão compartilhada do tipo de comunidade que você espera alcançar na classe e que todos os membros estejam cientes de suas responsabilidades para que isso aconteça.

Todo mundo tem uma identidade que se reflete em suas vidas diárias, mas essas identidades também são o que moldam nossas experiências com aqueles que nos rodeiam. Nossas experiências vividas refletirão como interagimos com as pessoas com as quais entramos em contato durante nossa vida, sejam amigos, colegas de trabalho, etc. ambiente acolhedor inclusivo.

Fonte: Edutopia

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